Educando com Amor...

12 de ago. de 2020

As temidas birras

 A criança começa a chorar e em poucos minutos já está gritando, esperneando e se jogando no chão. Quem nunca passou ou presenciou uma cena dessas não sabe o que é sentir um misto de emoções difícil de explicar e de lidar. As birras dos pequenos conseguem deixar qualquer adulto sem ação, principalmente, quando acontecem em público. Seja porque a criança quer um brinquedo ou porque não quer terminar determinada refeição, na maioria das vezes o que desencadeia as famosas crises de choro é uma palavra bem pequenininha, de apenas três letras: NÃO. As crianças, principalmente quando mais novas, não gostam e não sabem lidar quando são contrariadas. Aí já viu, né? Lágrimas e gritos para os pequenos e muita paciência para os pais!

Até quando fazer birra é normal?

Nós conversamos com Sarah Helena que é psicóloga. Ela nos ajudou a entender um pouco sobre as causas e as formas de lidar com as tão temidas birras. Sarah explica que não existe uma idade exata para a criança começar a fazer birra. “A birra é um sintoma de que a criança não está conseguindo lidar com uma frustração e de que ainda não tem habilidades para se comunicar de outra forma. O adulto não pode simplesmente reagir à birra. É necessário agir conscientemente, de modo a não reforçar este comportamento na criança. Isso significa pensar antes de agir, ter muita paciência e a noção de que a birra é também uma oportunidade de aprendizado para os pequenos.”, afirma a psicóloga.

Ainda que não haja nenhuma regra e que cada criança seja única com suas individualidades, é preciso que os pais estejam atentos e sensíveis aos comportamentos dos pequenos, para saber quando isso pode ser o indicativo de que algo não vai bem na vida da criança. “A birra pode surgir ou ser mais intensa em momentos de grande estresse, como separação dos pais ou a chegada de um irmãozinho, por exemplo. Ajuda profissional pode ser muito valiosa nestes casos”, ressalta Sarah Helena. A psicóloga também afirma que “o comportamento dos filhos está diretamente ligado ao dos pais e ao ambiente familiar. A birra é extremamente desgastante e os pais precisam se cuidar para cuidar dos filhos”.

O que você precisa saber para lidar com as birras?

Para ajudar mães e pais a lidar com as birras dos filhos, a psicóloga Sarah Helena pontua que é importante:

1. Não se importar com o que os outros pensam

É importante que os pais possam fazer o que tem de ser feito no momento da birra (ou até antes dela) e não cedam só para “não passar vergonha”. Tenha em mente que a educação dos filhos é mais importante do que alguns olhares de julgamento momentâneos.

2. Resolver o conflito sem violência

Bater e xingar nunca são uma boa opção. Existem outros caminhos efetivos que geram resultados mais prolongados e duradouros e, o mais importante, que melhoram ainda mais os vínculos entre vocês. Às vezes até um abraço prolongado resolve, serve para acalmar os dois lados.

3. Saber que a birra é um pedido por limites

A criança precisa aprender que há momentos em que vai ganhar ou poder fazer algo que deseja e momentos em que não poderá e não ganhará o que quer. Isso é saber esperar pela recompensa. Esse aprendizado é algo valioso para o resto da vida! Especialmente para a vida adulta.

4. Ser resiliente

Se frustrar é algo que acontece com todos nós ao longo da vida, mas sair mais forte das dificuldades e ser resiliente é um comportamento aprendido. O momento da birra pode ser uma oportunidade para esse aprendizado.

5. Ter em mente que as birras são vividas de formas diferentes em

cada família

Quando o que você fizer parecer não dar resultados, experimente ouvir outras mães e pais e trocar experiências. Com certeza, você vai ouvir opiniões e conselhos diversos. Filtre o que achar bom e experimente. Muitas vezes olhar de forma diferente para o mesmo problema pode ajudar.

6. Ter consciência do que proibe, do que permite ou solicita

As regras e limites devem ser claras e acessíveis à criança e ela precisa sentir que está ao seu alcance cumprí-las.

7. No momento da birra

Tente não demonstrar o quanto você está afetado pelo comportamento dele(a), respire fundo e, se estiver em algum lugar público, procure um local mais calmo onde a criança possa extravasar sua birra – sem que você ceda ao que ela quer. Mantenha-se firme no que acredita ser o melhor para a criança naquele momento. Crianças sentem-se seguras quando os pais se mantêm coerentes e fazem aquilo que dizem.

8. Após o momento crítico da birra

Assim que estiver mais calma, tente conversar com a criança, explicando o porquê do “não” que recebeu. Demonstre que você se importa com ela com atos de carinho. Ouça seu pequeno e fale sobre o que foi possível aprender com aquela situação.

 

 

Referências

Blog Leiturinha. Aprender é divertido.

Disponível em: <https://leiturinha.com.br/blog/lidar-com-as-birras/>.


A curiosidade atuando no processo de aprendizagem

 Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, realizou uma série de experimentos para descobrir o que acontece no cérebro quando a curiosidade é despertada. Ao final, a pesquisa revelou dois importantes achados: a curiosidade prepara o cérebro para a aprendizagem e torna a aprendizagem subsequente mais gratificante. Ou seja, a curiosidade está intimamente ligada com o processo de aprendizagem das crianças, pois, além de preparar o cérebro, também pode tornar o aprendizado uma experiência mais prazerosa e efetiva.

Como aguçar a curiosidade das crianças?

Sabendo disso, não nos restam dúvidas da importância de aguçar ainda mais a curiosidade de nossos pequenos, não é? Como isso não precisa acontecer apenas na escola – pelo contrário, pode acontecer no dia a dia das crianças – reunimos aqui 4 maneiras de despertar a curiosidade do seu pequeno. Confira:

1. Brincadeiras ao ar livre

Enquanto brinca livremente a criança cria, organiza seu mundo, aprende coisas novas e memoriza o que já aprendeu, elabora e ressignifica experiências já vividas. Através do faz de conta, a criança pode se ver desempenhando vários papéis, brinca de ser… enquanto constrói quem ela é. Além disso, brincar pode ajudar a desenvolver habilidades psicomotoras e cognitivas, e ajudar na socialização das crianças. 

2. Contato com a arte

A arte é fundamental para que nos coloquemos no mundo enquanto

sujeitos, expressando nossas subjetividades, habilidades e individualidades. Pensando nisso, não nos resta dúvidas quanto a importância da arte na infância. Afinal, é durante os primeiros anos de vida que os os pequenos descobrem seu próprio modo de conhecer e ser, além de suas habilidades cognitivas individuais. 

3. Cozinhando em família

Cozinhando com os pequenos, você desperta o gosto pela culinária, estimula uma alimentação mais saudável, ensina noções de química, responsabilidade, higiene, cuidado, autonomia e respeito ao próximo, e, de quebra, compartilhar deliciosos e divertidos momentos! Além disso, a brincadeira de fazer comidinha é uma prática comum entre crianças de diferentes lugares, culturas e gerações, sendo um dos primeiros caminhos, pelos quais os pequenos entram no mundo da brincadeira simbólica.

4. Perguntas e respostas

Desafios e jogos de perguntas e respostas para crianças são os preferidos dos pequenos que já estão em idade escolar, especialmente a partir dos 6 anos, quando noções de regras estão em pleno desenvolvimento. Além de ser um jogo super divertido – até mesmo para nós, adultos – ao se depararem com uma questão que lhes chamem mais a atenção, os pequenos podem buscar por si mesmos a ampliação destes conceitos pelos meios que tiverem acesso, seja pela internet, pelos livros, ou por meio de uma boa conversa.

Referências:  Texto retirado do Blog da Leiturinha , site leiturinha.com.br. Disponível em https://leiturinha.com.br/blog/por-que-a-curiosidade-melhora-o-processo-de-aprendizagem/ 

10 de ago. de 2020

Como os pais podem estimular o desenvolvimento dos filhos?

  •  Os pais têm um papel fundamental no desenvolvimento dos filhos

Muitos pais sentem dificuldades de encontrar o limite entre cuidar e superproteger os filhos. Desde a gestação, a maioria dos pais se preocupa com o desenvolvimento físico, mental, emocional e social da criança, mas o equilíbrio é a medida certa para que as coisas sigam seu curso natural.

No início da vida dos filhos, os pais precisam fazer muitas coisas por elespara garantir-lhes a sobrevivência, mas permitir pequenas ações de independência ajuda-os a vencer na vida futura. Elas precisam aprender a cuidar de si, para depois também cuidar do outro. A aprendizagem acontece pelos exemplos e estímulos dos pais.

Como os pais podem estimular o desenvolvimento dos filhos

Para buscar e estimular uma atitude de autonomia, os pais precisam observar o ritmo de cada um com relação à independência, mas se as crianças não buscam isso ou se buscam em excesso, com certeza precisam de uma verificação. Acredite: as crianças deixam fraldas, mamadeiras e chupetas mesmo que os pais queiram ou não; a atitude dos progenitores pode contribuir para que seja na forma e no tempo corretos.

Não podemos definir a idade, mas em torno de dois anos podem ser delegadas tarefas dentro de casa, aumentando a complexidade diante das respostas das crianças. Um fator importante nessa delegação é colocar limites para que os filhos não mandem nos  pais em vez de obedecer-lhes.

 

Capacidade cognitiva

Uma pesquisa na Pensilvânia mostrou que as crianças que tinham o QI mais alto tiveram brinquedos para se divertir, livros para aprender e atenção dos pais para se sentirem amadas. Os pais também cooperam com o desenvolvimento mental quando cuidam da alimentação dos filhos, porque isso ajuda a aumentar a capacidade cognitiva delas.

Desenvolvimento emocional

Os pais têm papel fundamental no desenvolvimento emocional das crianças, pois elas precisam de amor e carinho para desenvolver sua capacidade afetiva e de diálogo para melhorar a linguagem e brincar para aumentar a capacidade de imaginação.

No que diz respeito ao desenvolvimento neurológico, principalmente o andar e falar, o apoio emocional e a contratação de profissional especializado, quando necessário, ajuda a superar barreiras ou evitá-las. Ofereça estímulos, mas respeite os limites de cada um.

Desenvolvimento escolar 

Com relação ao desenvolvimento escolar, os pais podem ajudar quando verificam as lições diariamente, dialogam sobre o que acontece na escola, cooperam nos deveres de casa sem fazer por eles, participam das reuniões para saber a opinião dos professores, apoiam no estudo para as provas, procuram um professor particular quando as dificuldades são maiores que a capacidade da criança. Para um bom desempenho escolar, é preciso disciplina, portanto, as crianças precisam ter horário de estudo, não faltar às aulas sem motivo real entre outras coisas.

Desenvolvimento social

O desenvolvimento social é fator de sucesso na futura carreira e convivência dessas crianças com outras pessoas; portanto, elas precisam aprender a interagir, relacionar-se e comunicar-se. Os pais contribuem quando motivam as crianças a expressar sentimentos, ideias e sensações.

Por maiores que sejam as suas expectativas, não se deixem dominar por tabelas que indiquem níveis para maturidade física, mental e emocional das crianças, pois a maioria alcançará o desenvolvimento desejado se puder contar com o carinho dos pais e os estímulos da aprendizagem.

Fonte:

https://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/como-os-pais-podem-estimular-o-desenvolvimento-dos-filhos/