- Ter amplo espaço externo, com
variedade de recursos para recreação
ser limpa e organizada;
- Ter salas adequadas para
idades diferentes, que devem ser limpas, arejadas, amplas e decoradas para
melhor estimulação;
- Ter recursos pedagógicos
variados e organizados: brinquedos, jogos, ambientes de estimulação, atividades
extra-curriculares;
- Ter professores experientes
formados em magistério e/ou pedagogia;
-Ter cozinha e refeitório
limpos e amplos;
-Ter funcionários para limpeza:
cozinha e secretaria;
-Apresentar planos pedagógicos
organizados e coerentes com as idades das crianças;
- Ter atendimento e boa
comunicação com os pais;
Muitas pré-escolas se
preocupam somente com a alfabetização da criança, mas é muito importante que a
pré-escola se preocupe primeiramente com o desenvolvimento do período
preparatório, com a estimulação de todos os pré-requisitos que já descrevemos.
A escola não deve pular as etapas do desenvolvimento, isso é extremamente
prejudicial e trará consequências futuras para a criança, nas áreas pedagógica,
emocional ou social. Para ser alfabetizada, uma criança precisa estar madura em
todos os sentidos, pois o processo de alfabetização apresenta novas etapas, e a
criança deve estar preparada para vencê-las. É importante ressaltar que
pré-escola não é um “depósito de crianças”, onde as crianças ficam para que os
pais possam trabalhar. A pré-escola tem um papel importantíssimo no preparo da
criança para a alfabetização e deve cumprir este papel com competência.
É o
início da formação da criança, é onde ela vai ter o primeiro contato com o
processo de aprendizagem, que será a base para todos os anos de escola que ela
terá no futuro. Esse contato deverá ser agradável e prazeroso, para que não
gere traumas futuros. No período preparatório, a família e a escola devem caminhar
juntas, auxiliando uma à outra mutuamente. A família deve estimular a criança,
ajudá-la com as tarefas, participar das reuniões, estar em contato com os
professores, interessar-se pela vida escolar da criança.
Para finalizar, a escolha de
uma pré-escola, não é tarefa fácil, por isso os pais devem pesquisar muito,
conhecer o maior número possível de pré-escolas, levando em consideração não só
as suas expectativas em relação à escola, mas principalmente as da criança,
procurando por uma boa escola, que seja adequada às necessidades dos seus
filhos, que ofereça bom ambiente e bons serviços. É importante lembrar que a
pré-escola é o começo da longa caminhada escolar de seus filhos, por isso, deve
ser um bom começo, que proporcione alegria e satisfação para a criança,
afinal... “a primeira professora a gente nunca esquece.”
As imagens para ilustrar o texto, foram retiradas do Google Sala de Aula, onde as crianças elaboraram a escrita do nome. Atividade do dia 17/08/2020. Crianças que em 2021 frequentarão a Pré-escola.
Alfabetização a princípio
significa o domínio da leitura e da escrita, mas esse domínio é na verdade a
conclusão de um longo processo. Para que uma criança seja alfabetizada, é
preciso que ela passe antes por uma série de etapas em seu desenvolvimento,
tornando-se então preparada para a aquisição da leitura e da escrita. Essas
etapas compõem a chamada "fase pré-escolar" ou "período
preparatório".
O processo de alfabetização, é bastante complexo para a
criança, por isso a importância de se respeitar o período preparatório, que
dará a criança o suporte necessário para que ela prossiga sem apresentar
grandes problemas. Uma criança sem o preparo necessário, pode apresentar
durante a alfabetização, dificuldades relacionadas à coordenação motora fina e
à orientação espacial, não sabendo por exemplo, segurar o lápis com firmeza,
unir as letras enquanto escreve, ou como posicionar a escrita no papel. Pode
ainda ter problemas para identificar os fonemas e associá-los aos grafemas.
Também é possível encontrar crianças que só sabem copiar textos, e durante um
ditado, não conseguem escrever. Podemos falar também sobre as dificuldades de
interpretação de texto, de compreensão, de raciocínio lógico e ainda nas
dificuldades emocionais. Complexos de inferioridade, insegurança, medo de
situações novas, medo de ser repreendida, medo de errar, de não corresponder às
expectativas dos pais, apatia, indiferença ou indisciplina e revolta, problemas
de socialização, baixa auto-estima, e outros.
O período propício para a
alfabetização é entre os 6 ou 7 anos. Segundo Freud, é a chamada "fase
latente", quando a criança já não tem mais interesses relacionados à descoberta
do próprio corpo e do sexo oposto, bem como suas relações, e pode ter toda a
sua atenção voltada para a aprendizagem por que esses interesses só voltam a se
manifestar na puberdade. O processo de alfabetização pode chegar à 2 anos
dependendo da maturidade, do preparo, do ritmo da criança e do quanto foi
estimulada. Este é o período adequado para que a criança tenha completo domínio
da leitura e da escrita, havendo a necessidade daí por diante do
aperfeiçoamento da ortografia, da gramática e a estimulação constante da
compreensão, interpretação e produção de textos. Além de tudo isso, uma boa
alimentação, boa saúde, tempo de sono respeitado com horários regulares e um
ambiente de tranquilidade, segurança e amor entre a família, intergração entre
a família e a escola, facilitam muito a superação do período de alfabetização
com bastante êxito.
Falando agora do período
preparatório, precisamos levar em consideração que para ser alfabetizada, uma
criança precisa antes de tudo ter uma auto-estima elevada, precisa estar bem
emocionalmente, ter segurança e auto-confiança, para poder enfrentar as
dificuldades que o processo de alfabetização irão lhe impor. Além disso, a
criança precisa apresentar características de socialização. Seja qual for o seu
temperamento, ela deve saber se portar em grupo, respeitar as pessoas, saber
quais são seus limites, ter disciplina, estabelecer boa comunicação, ir aos
poucos adquirindo independência e responsabilidade, saber ganhar e saber
perder, ter boas maneiras, etc. Depois disso, a criança deve apresentar um bom
desenvolvimento motor e dominância lateral definida. Isso significa que ela
deve brincar muito, exercitar-se através de jogos e brincadeiras que estimulem
as percepções sensoriais (gustativa, olfativa, visual, tátil e auditiva). Deve
dominar seus movimentos corporais com habilidade e segurança, deve conhecer seu
corpo, seus limites, ter postura, equilíbrio, reflexos e raciocínio lógico bem
desenvolvidos. Por isso a importância das, brincadeiras de rua, de jogar bola,
andar de bicicleta. rolar na grama, brincar com areia, nadar, correr, pular,
etc. Isso é o que chamamos de coordenação motora global. O próximo passo, é o
desenvolvimento da coordenação motora fina. A criança se desenvolve nesse
sentido quando desenha ou pinta com todos os tipos de lápis, pincéis, quando
usa tesouras ou quando pinta com os próprios dedos. Quando rasga, amassa ou
pica papéis, quando brinca com jogos de encaixar e montar, enfim, são
atividades que limitam-se mais ao uso das mãos, associadas ao raciocínio, à
percepção sensorial e à concentração.
Também são pré-requisitos importantes o
desenvolvimento da capacidade de concentração, o desenvolvimento da memória e
do raciocínio lógico e abstrato. Estes podem ser aprimorados com brinquedos e
programas educativos, músicas, histórias, filmes infantis, livros, conversas
informais, e tantas outros recursos. Toda e qualquer atividade estimula o
cérebro, e quanto mais estimulado, melhor é o desempenho da criança em todo o
processo de aprendizagem. Além de tudo isso a criança precisa sem dúvida
apresentar bom desenvolvimento físico e boa saúde. Por causa de todo esse
aprendizado é importante que as crianças frequentem a pré-escola. Os pais devem
estar atentos quanto a escolha de uma, por que muitas não tem a aprovação da secretaria
de educação do município. São as conhecidas escolas de "fundo de
quintal", onde não existem os recursos necessários para todo o
desenvolvimento do período preparatório.
As imagens para ilustrar o texto, foram retiradas do Google Sala de Aula, onde as crianças elaboraram a escrita do nome. Atividade do dia 17/08/2020. Crianças que em 2021 frequentarão a Pré-escola.
Mesmo dentro das escolas e envolvendo profissionais
capacitados, é comum ter dificuldade para definir o que realmente é bullying.
Mas alguns conceitos simples podem ajudá-lo. Vamos lá! Para haver bullying, é
preciso que haja pelo menos duas pessoas envolvidas: o bully e a vítima. Os
bullies normalmente gostam de se sentir mais fortes e superiores, demonstram
poder sobre os outros e usam esse poder para machucar, física ou verbalmente,
sem nenhum motivo.
O que é cyberbullying?
As próprias crianças geralmente não percebem o que é
cyberbullying. O cyberbullying inclui enviar mensagens ou imagens más, vulgares
ou ameaçadoras; postar informação particular sobre outra pessoa; fingir ser uma
outra pessoa a fim de fazer com que o outro se sinta mal; e intencionalmente
excluir alguém de um grupo on-line.
Estes atos são tão prejudiciais quanto a violência física e não podem
ser tolerados.
Qual é meu papel como pai para combater o bullying?
Seja um bom exemplo de educação e liderança. Seus filhos
precisam ouvir explicitamente de você que não é normal, “tudo bem”, ou
tolerável que eles pratiquem bullying, sofram bullying ou fiquem assistindo
outras crianças sofrerem bullying. Embora nunca seja responsabilidade de uma
criança se colocar em perigo, geralmente elas podem amenizar uma situação de
bullying gritando: "Para!".
Gaste alguns minutos todos os dias perguntando sobre como
seus filhos passam seus dias na escola e na vizinhança, o que eles fazem entre
as aulas e no recreio, com quem lancham, com quem brincam. Lembre-se de ensinar
seu filho sobre o que fazer caso sofra bullying: procure um adulto, diga para o
agressor parar, afaste-se, ignore o bully e procure outra pessoa para brincar.
É importante também identificar sinais de mudança de comportamento. A maioria
das crianças não fala para ninguém (especialmente adultos) que sofreram
bullying.
Como me envolver mais com a escola do meu filho para evitar
o bullying?
Ajude a escola do seu filho a lidar efetivamente com o bullying. Se seu filho sofreu ou não bullying, você
precisa saber o que a escola dele faz para combater o bullying. A pesquisa
mostra que as políticas de “tolerância zero” não são efetivas. O que funciona
melhor é programas educacionais contínuos que ajudem a criar um clima emocional
sadio na escola.
O que fazer quando meu filho sofre bullying?
É importante que você não aja precipitadamente. Reúna o
máximo de informações possíveis – quando, onde, quem – , alerte a escola e
marque uma reunião. Avalie se a presença do seu filho vai ajudar. Pergunte qual
a política de bullying da escola e mantenha a calma durante a reunião, escute o
que eles têm a dizer. Peça providências e aconselhe seu filho a não ficar
sozinho em lugares vulneráveis. Marque um novo encontro para daí a uma semana.
Converse muito com seu filho e mostre que não há nada de errado com ele. Tente
construir autoconfiança no seu filho e ajudar na autoestima. Mantenha a
comunicação com a escola, mesmo se o bullying parar – eles precisam saber se o
que fizeram realmente funcionou.
Devo abordar uma criança que pratique bullying?
Nunca aborde diretamente a criança, a não ser que você
presencie o bullying e precise intervir. Essa situação pode acontecer no
parquinho, ou no playground e aí, sim, você pode falar que aquilo não é legal.
Quando for na escola, sempre procure o professor, coordenação ou orientação
educacional.
O que posso fazer em casa para ajudar meu filho que sofre
bullying?
Assegure-se de que ele tenha em casa todo o amor e apoio de que
precisa e esteja a seu lado, transmitindo ainda mais segurança do que faria
normalmente. Ouça tudo o que ele tem a dizer, com calma, muita calma! Incentive
seu filho a fazer amizades e convide seus amigos para irem à sua casa ou fazer
programas juntos.
Devo falar com os pais de outra criança que pratique
bullying?
A não ser em casos muito particulares, você não deve falar
com os pais da criança que está fazendo bullying com seu filho. Deixe que a
escola intervenha, notificando esses pais e exigindo sua presença na escola.
Você não sabe que tipo de pais vai encontrar e, é bom lembrar, “a maçã nunca
cai muito longe do pé”.
Caso você seja amigo dos pais da criança, aí sim você poderá
conversar com eles, dizendo o que vem observando. Procure não falar a palavra
bullying, só mostre sua preocupação com o que vem acontecendo. Esteja preparado
para a reação dos pais, eles podem negar e ficar agressivos, pois muitos não
aceitam comportamento negativo dos filhos.
E se o meu filho implorar para não comentar com ninguém
sobre o problema?
Muitas crianças têm medo de que se outras crianças souberem
que elas falaram com o professor ou com os pais, o problema se agravará. Quando
o seu filho não corre risco de agressão física, está sofrendo apenas bullying
verbal e você sente que a autoestima dele não está sendo comprometida, talvez
seja interessante fazer o que ele pede. Muitas crianças passam por situações de
bullying pontual ou temporário. Mas estabeleça um plano para ajudá-lo a lidar
com a situação e elevar a autoestima. Compre livros e pesquise sobre bullying,
converse com ele e mantenha um canal aberto de comunicação para saber e
acompanhar o que acontece.
Quando você percebe um problema maior, esteja preparado para
intervir. É uma boa ideia falar com o professor ou professora de seu filho
(ainda que seja confidencialmente). Essa providência normalmente é suficiente
para ajudar seu filho, mesmo sem intervenção direta. Mas esteja atento: se
ocorrer bullying físico, ainda que moderado, ou você perceber que seu filho tem
apresentado oscilações de humor ou de comportamento, tome uma atitude
imediatamente!
Fonte: Livro Cuidado! Proteja seus filhos dos Bullies, de
Deborah Carpenter e Christopher Ferguson, Ed. Butterfly, São Paulo, 2011
Que sinais indicam que meu filho está praticando bullying na
escola?
É difícil quando você percebe que seu filho pode praticar
bullying com colegas. Mas você pode ajudá-lo! Fique atento! Alguns desses
sinais podem ser a necessidade de estar o tempo todo no controle das situações
e frustrar-se facilmente, culpar outras pessoas pelos seus atos ou precisar
vencer sempre, sendo o melhor em tudo. Também é possível que quem pratica
bullying tenha pouca habilidade social ou interpessoal ou tenha amigos que são
má influência e não demonstre remorso por atitudes ou comportamentos negativos.
É hora também de refletir sobre o ambiente em casa. A
criança vem presenciando agressões e comportamentos negativos entre os pais?
Vocês estimulam a agressividade como forma de obter aquilo que quer? Pense que
as atitudes falam muito mais do que as palavras.
"Ainda que eu fale todas as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor sou como o bronze que soa ou o sino que bate... mesmo que tivesse toda a fé a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, não serei nada". (Paulo, carta aos Coríntios, Cap. 13).
Sou professora formada em Educação Infantil e Séries Iniciais. Pós graduada em Psicopedagogia.
Senhor Deus, venho a Tua presença pedir a Tua benção. Sou professora Senhor, e rogo a Ti: dá-me Teu amor para viver intensamente a minha vocação.
Que eu possa fazer a diferença na vida de meus alunos.Que meus ensinamentos os acompanhe por toda a vida, sendo que minhas palavras lhes sejam úteis e importantes em todas as ocasiões.
Que eu possa transmitir conhecimento, valores e vida. Nesta oração peço que toque no coração dos meus superiores para que valorizem a importância do trabalho de minha categoria.
Que eu possa me orgulhar do meu trabalho e que a sociedade possa se orgulhar de mim.
Obrigado Senhor...
(Oração retirada do livro: Orações para todos os momentos de Cristina Marques)